quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O que é FLOR DE SAL?

Retirada artesanalmente da superfície das salinas marinhas após a cristalização causada pela ação do sol e do vento, a flor de sal é a nova sensação entre os chefs de cozinha. "O sabor é tão sutil que chega a dar a impressão de um salgado quase doce", descreve a chef Roberta Sudbrack. Em seu restaurante, o produto, que vem da região de Guérande, na França, é misturado à manteiga do couvert e empregado na finalização das receitas. Para produzir 1 quilo do tempero são necessários 80 quilos de sal marinho em estado bruto. Daí ter sido alçado ao posto de iguaria culinária: o potinho vindo da França, com 125 gramas, custa 65 reais, enquanto o quilo do sal de cozinha sai por pouco mais de 1 real.

No Rio, o ingrediente pode ser degustado no steak tartare com azeite de trufas brancas servido no Zuka; sobre a costeleta de cordeiro grelhada com batatas ao forno do Terzetto; ou salpicada no sushi de peixe branco com ovo de codorna feito no Sushi Leblon. Até mesmo as chocolaterias aderiram. Entre os bombons mais vendidos nos quiosques da Cacau Noir está a versão recheada com doce de leite e flor de sal. "Primeiro o paladar sente o doce extravagante do caramelo até chegar ao sal, que ainda faz aquele croc-croc quando mastigado", explica a proprietária Adriana Wiltgen. Ela teve de distribuir muitas amostras grátis antes de convencer sua clientela de que chocolate com sal poderia ser gostoso.

Os pequenos cristais começam a ganhar espaço em supermercados e butiques gastronômicas como a Aquim. "Ficam uma delícia em peixes grelhados ou num frugal sanduíche de queijo-de-minas e folhas verdes", afirma a chef Samanta Aquim. O Talho Capixaba está em negociações para comercializar a versão nacional, de qualidade muito similar à da flor de sal francesa, produzida em Mossoró, no Rio Grande do Norte, pela Cimsal. Em supermercados como o Zona Sul podem-se encontrar embalagens de sal gourmet temperado com alecrim, aipo e manjericão. Ou seja, não faltam opções para tornar a vida um pouco mais salgada

Fonte: Revista Veja

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