segunda-feira, 24 de março de 2014

Continuação da matéria da Veja Rio- Excelente

Os donos de restaurantes cariocas costumam ser benevolentes com as próprias mazelas. Eles atribuem os problemas a um fenômeno que no mundo dos negócios é chamado de dores do crescimento — ou dificul­dades e problemas provocados por uma sú­bita expansão. Às vésperas da Copa do Mundo, quando deveremos receber 1,3 milhão de visitantes, nas contas do Ministério do Turismo, novos restaurantes pipocam pela cidade. Entre março e maio, mais dez casas de alto nível serão abertas apenas no eixo Barra-Zona Sul. Com isso, a taxa de rotatividade nos salões, o famoso entra e sai de funcionários, tem batido em níveis alarmantes. Segundo a FGV, 45% dos profissionais deixam o em­prego antes de completar um ano de trabalho, enquanto 28% não permanecem nem seis meses no posto. Os restaurateurs afirmam que assim que os funcionários ganham traquejo partem para outro estabelecimento, sendo ne­cessário treinar novamente os re­cém-chegados. A solução nesse caso é clara e passa pela retenção desses profissionais. Mesmo em um negócio de menor porte, é possível premiar as melhores atuações, cobrar resultados e envolver o funcionário, de maneira geral. Famoso por prestar serviços de excelência em seus estabelecimentos, em cidades tão distintas como Nova York, Londres e Singapura, o chef francês Daniel Bouloud desenvolveu um sistema de reciclagem em suas casas. Diariamente, trinta minutos do expediente são dedicados a aulas sobre tipos de uva ou à degustação de pratos que entraram no cardápio. Uma atitude simples, que não requer grande investimento, mas resulta em equipes mais comprometidas, satisfeitas e dispostas a tratar bem aqueles que em última instância pagam seus salários."

Matéria da Revista Veja Rio, no último final de semana- Excelente

"Displicência à Mesa


Um dos traços mais notórios do carioca é atribuir a culpa por nosso serviço capenga aos funcionários diretamente envolvidos no atendimento. Isso é um equívoco. O principal culpado é o patrão, o dono do lugar. Especialistas na área apontam para o fato de que a maioria das gafes identificadas na pesquisa tem origem na falta de treinamento das equipes. A título de comparação, basta dizer que nos Estados Unidos os estabelecimentos gastam, em média, vinte horas mensais com o aprimoramento de sua brigada. Por aqui, em geral, essa carga horária não é atingida nem mesmo em um ano inteiro. "Em 95% dos casos verificamos que o profissional chega sem ne­nhuma experiência, observa a operação e, uma semana depois, já é jogado no salão", afirma Clarisse Sette Troisgros, mulher do chef Claude Troisgros e responsável pelo projeto de capacitação Garçom Carioca. Para os empresários que enxergam no investimento em treinamento um custo excessivo e desnecessário, um levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas mostra que o bom atendimento pode aumentar as vendas em até 65%. "Quem não investe na melhoria do serviço, na prática, está perdendo dinheiro", confirma Rosa Moraes, diretora de hospitalidade e gastronomia da Laureate Brasil, braço nacional de um dos maiores grupos de educação do mundo. E nem mesmo um craque das panelas é capaz de reverter as pisadas na bola que acontecem no salão. O inglês Nicholas Lander, que já foi do ramo e hoje trabalha como crítico de gastronomia do jornal Financial Times, defende a ideia de que grandes cozinheiros não geram necessariamente grandes restaurantes. Do Nobu, em Nova York, ao Il Vino, de Paris, ele conta em seu livro, The Art of the Restaurateur, a história de vinte casas premiadas dos principais centros gastronômicos mundiais e conclui: a competência e as habilidades dos proprietários na gestão do negócio são primordiais para uma vida longa e sadia.






Ilustrações Attílio

domingo, 23 de março de 2014

Comer faz bem!


" Embora algumas pessoas acreditem que o pão integral seja mais saudável que o pão branco, todos os pães são importantes numa alimentação balanceada. O farelo e o germe do trigo são removidos no processamento da farinha de trigo branca, porém, para repor essas perdas, são acrescentados ferro, vitamina B1 e niacina. O pão branco também é beneficiado com cálcio, e contém duas vezes mais desse mineral que o pão integral: 110 mg por 100 g em comparação a 54 mg pela mesma quantidade de pão integral."

Batata

Olhem o que a natureza faz...